Certa vez, estudando sobre PNL, me deparei com a seguinte expressão: o mapa não é o território.
Fiquei curioso para entender o que aquilo representava. Acredito que existe uma relação entre essa frase, crenças limitantes e as escolhas que fazemos na vida e é justamente isso que vou explicar nesse texto.
O mapa não é o território (significado)
Meu objetivo é explicar isso de um modo simples: Entenda que o território nada mais é do que o mundo lá fora. Através dele, podemos experimentar a realidade em sua totalidade. Ou seja, você pode experimentar tudo que o mundo tem para lhe oferecer, seja uma viagem para a china, criar sua própria empresa, viver um grande amor entre outros.
Para qualquer desses objetivos, você pode utilizar um mapa. O objetivo do mapa é fornecer informações de como é o mundo lá fora. Porém, o mapa não é o território. A seguir, você vai entender melhor o que eu quero dizer com isso, mas antes, vamos voltar um pouco na história da sua vida…
Um belo dia, você nasceu.
Você era apenas um bebê. Não sabia falar, andar e muito menos o que iria explorar nesse território desconhecido.
À medida que vamos crescendo, nossos pais, familiares, professores e outras pessoas que exercem certa influência/autoridade em nós quando estamos na idade infantil, começam a nos explicar como as coisas funcionam por aqui e darei alguns exemplos disso logo mais…
O que precisa ser observado aqui, é que começamos a desenhar nosso mapa com base na opinião e experiência dos outros a respeito do território e é justamente nesse momento que começa o problema das crenças limitantes.
Crenças limitantes
Até certo ponto da vida, aceitamos tudo sem questionar. Não pensamos em chutar o balde. Não sabemos dizer não. E o pior de tudo: não possuímos senso crítico. Observe as frases abaixo e tente se lembrar se por acaso você não escutou alguma delas na infância:
- Ninguém gosta do que faz, mas todos precisam fazer alguma coisa. (Vida Profissional)
- O mundo é um lugar perigoso. (Insegurança)
- Quem nasce pobre morre pobre. (Prosperidade)
- Lugar de mulher é na cozinha/ Nenhum homem presta. (Relacionamentos)
A lista, pode ser muito maior. No entanto, nos exemplos acima pode se observar como diferentes áreas do território (mundo) são descritas para nós na infância. Isso sem que nesse período também somos facilmente direcionados para algum caminho religioso, político, filosófico, etc. Em uma visão de longo prazo, isso molda nossa personalidade e também as escolhas que futuramente faremos em nossas vidas. Se você acreditar 100% que o mapa é o território, vai quebrar a cara no meio do caminho. Veja o exemplo abaixo:
Descrevendo o território da felicidade…
Imagine a situação a seguir: uma pessoa recebeu a informação de que para chegar no estado da felicidade, ela tinha que fazer o seguinte:
- Ir para faculdade
- Ganhar 5 mil por mês
- Ser um Bom Funcionário
- Casar
- Ter filhos
É óbvio que esse caminho não funciona para todos. No entanto, uma parcela de pessoas podem ser felizes através desse caminho. Já outras, terão que encontrar um mapa que lhes sirva explorando outros caminhos.
Questione seu mapa atual e explore o território.
Lembre-se: a base do seu mapa atual foi basicamente criado por outras pessoas. Sugiro que você reveja tudo que acredita porque como você agora já sabe, o mapa não é o território. Questione caminhos, pensamentos e atitudes.
A partir do momento que você questionar o mapa, uma nova aventura começa.
Você vai explorar o território a partir de tudo aquilo que você pode ouvir, ver, cheirar, tocar, etc. Sendo assim, você vai conhecer o território por você mesmo e não pelos outros. De fato, é melhor ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Ainda sim, tenha em mente que a partir do momento que você começa a explorar o território por si mesmo ao invés de dar como certa as informações que lhe deram em seu mapa anterior, lembre-se que o seu novo mapa é apenas um apanhado de informações nas quais você acredita que sejam corretas e que funcionam pra você e não necessariamente pros outros.
Por essas e outras, podemos concluir que o mapa não é o território mas sim, apenas uma parte dele.