Recentemente, decidi comprar um mp4.
Eu fiz isso porque estava de saco cheio dos anúncios da spotfy e também porque eu queria reduzir minha dependência do smartphone.
Além disso, às vezes eu queria simplesmente sair para caminhar usando uma roupa leve. Porém, antes de sair eu lembrava que precisava levar o tijolão do meu smartphone junto para ouvir qualquer coisa, e só de colocar ele no bolso da calça ou bermuda, eu já começava a sentir o peso ou desconforto disso.
Pois bem, resolvi todos esses problemas comprando um mp4. Ele é leve, pequeno e não me atrapalha em minhas atividades.
No entanto, como bem sabemos, para toda ação existe uma reação.
No meu caso, comprar um mp4 fez com que eu simplesmente jogasse fora mais da metade das músicas que eu guardava offline comigo há anos em uma pastinha no computador.
Para ser mais específico, foram aproximadamente 1.000 músicas que eu tinha um certo apego, mas joguei na lixeira (literalmente)!
Como a simples compra de um mp4 desencadeou isso e como eu consegui me livrar desse apego à músicas que eu guardava comigo desde a adolescência?
É justamente sobre isso que conversaremos hoje.
Uma breve reflexão e viagem no tempo.
Nascemos sem conhecer nenhuma música e ao longo da vida vamos ouvindo certas coisas seja pela influência de pais, amigos, parceiro amoroso, ambientes ou justamente porque começamos a procurar algo que nos agrade naquele momento.
Quando eu era criança, eu tinha um DISCO vinil da TV COLOSSO. Se por acaso você lembrar o que é isso, aposto que você já passou dos 30. Aos 8 uma fita cassete do Raimundos. Lá pelos 12 um Cd do Link Park e por volta dos 13 quem chegava à minha coleção um cd do Espaço Rap (OBS: Quem tinha um discman naquela época era rei).
Aos 14, lembro de um amigo que um belo dia chegou na escola portando um mp3. Era novidade, coisa de playboy pra época. Os discman eram coisa do passado. A nova febre se espalhou rapidamente, todo mundo queria um mp3 naquele momento, e você podia escolher entre versões de 128 ou 256 MB. Leia-se bem: megabytes e não gigabytes! Não cabia muita coisa, mas para época era algo revolucionário! Depois disso ainda viriam os mp4, e adivinhe só? Todos queriam comprar um mp4!
Nessa mesma época, a internet discada se apresentava e com ela a possibilidade de baixar músicas na internet. Era difícil fazer isso naquela época por duas razões: a velocidade da internet era horrível (só quem pegou essa época sabe) e também não existiam muitas opções para baixar música naquela época, particularmente, eu lembro de duas: um programinha do baixaki chamado “limeware” onde às vezes além de música a gente pegava vírus e também as comunidades de discografia no orkut (descanse em paz, velho amigo).
Enfim, vamos encurtar a história.
Em meio a tantos avanços tecnológicos que presenciei em meio à minha adolescência, um belo dia chegou a internet de “banda larga” e com isso maiores velocidades de download. Novos métodos de acesso à músicas foram surgindo, e com cada vez mais espaço de armazenamento em nossos computadores, qualquer um cria uma biblioteca com milhares de músicas facilmente. Porém, como todos nós sabemos quantidade não é sinônimo de qualidade. E o que fazia sentido para nós no passado, talvez não faça no presente ou futuro.
Todos nós temos uma jornada musical e esse olhar para trás nos ajuda a entender como tudo tem sua época de ser e não necessariamente precisa nos acompanhar para sempre.
Sobre desapego musical e por quê você também deveria praticar isso.
Da adolescência em diante, procurei abrir minha cabeça para ouvir o maior número de estilos musicais possíveis. Por consequência, de lá para cá (atualmente aos 30) carreguei uma biblioteca com milhares de músicas e diversos estilos. De tempos em tempos, eu fazia alguma limpa por lá. Seja porque algum estilo ou banda não me agradava mais ou porque eu comecei a estudar inglês e vi observando melhor algumas letras, percebia que o conteúdo dela era para fracassados (apesar da batida legal).
Parece doidera, mas não é.
Há alguns anos, comecei a me interessar mais por lei da atração, coisas de espiritualidade e entender que todos somos uma forma de energia, e inclusive as músicas que ouvimos, também carregam uma energia própria que quando em contato com a nossa, podem interferir (tanto positivamente como negativamente) para nosso estado energético atual.
Sabe aquelas músicas que tem uma pegada mais melancólica mas a batida é tão “bonitinha” ou até mesmo aquele rock pauleira que o vocalista grita parecendo o “filho do satanás”? Então, comecei a refletir sobre esses (e outros) tipos de músicas e tomei a decisão que pelo menos nesse momento, isso não me serve mais. Faça o experimento por você mesmo. Comece a prestar atenção nas letras, batidas e tons das músicas que você escuta e faça a si mesmo a seguinte pergunta:
Isso aqui realmente é útil para mim nesse momento da minha vida ou eu estou apenas repetindo padrões e escolhas anteriores, que não necessariamente são as melhores para mim agora?!
Enfim, dê uma desligada no piloto automático!
Quer você aceite isso ou não, as músicas que você ouve interferem diretamente em suas emoções e disposição durante o dia. Na prática, isso interfere nas pequenas escolhas que você faz do seu dia a dia, seja ficar no sofá ou sair para tomar um sol. Seja estar mais relaxado no trânsito quando alguém te fecha ou não. Em uma visão de longo prazo, isso vai moldando nossa personalidade e nosso rumo nessa estrada da vida.
A minha regra de ouro
Obviamente, eu sei que o mundo não é só sol e arco-íris. Porém, na minha biblioteca atual, só fica o que me inspira, me alegra, me acalma ou coisas nesse sentido. Comecei a excluir (e ainda estou excluindo) tudo aquilo que eu sinta que vai me deixar pra baixo, nervoso, ansioso, etc. Também é preciso prestar atenção na letra da música, isso está me passando uma crença limitante, existem apologias à coisas que julgo errado aqui?
Com essa decisão ficou fácil sair deletando várias músicas, bandas e pastas da minha biblioteca musical. Coisas que eu carregava comigo há mais de 10 anos e achava que carregaria para sempre, foram para a lixeira em um piscar de olhos.
Conclusão sobre comprar um mp4
Comprar um mp4 me fez refletir sobre a biblioteca de música que eu vinha carregando há anos. Foi hora de fazer uma faxina por lá e deixar realmente o que me agregava nesse momento de minha vida.
Com menos opções de músicas em minha biblioteca, esses dias saí para caminhar e acabei “achando” uma pasta de um Cd do Planta e Raiz que não ouvia há muito tempo e resolvi colocar para tocar sem muitas expectativas.
Porém o resultado foi incrível: me senti bem pra caramba ouvindo aquelas velhas músicas, como há tempos não sentia. E o melhor de tudo sabe o que é? Sem aqueles anúncios da spotfy no meio para me incomodar ou o peso do celular para carregar.
Bônus:
Por aqui, quero compartilhar duas playlists bacanas que encontrei na Spotfy Recentemente, créditos para Autora Fernanda Lerois. Além disso, também vou compartilhar o link por onde comprei meu mp4, caso você esteja interessado em ter uma experiência similar à minha.
1 – Playlist O despertar 🙏🏻🕉️☯️🙌🦋
Aqui você vai encontar músicas mais “tradicionais” com a maioria dos Cantores em Português.
https://open.spotify.com/playlist/08WKkgGnFyOTJqC9Jl2kNO?si=7ca3478176a3403d
2 – Playlist Namastê 🙏🏻☀️🌻🕉️☯️
Aqui você vai encontrar mantras, músicas para meditação, conexão, acender aquele incenso, relaxar, etc.
https://open.spotify.com/playlist/5Lv7UHhdJtXHDbdwraRFYJ?si=8472d3bac8c140eb
3 – Link para o mp4 que comprei
Se você também está de saco cheio dos anúncios da spotfy ou não quer ficar dependendo só do celular para ouvir música, vou deixar o link da loja da Amazon para o modelo que comprei e recomendo! Um dos motivos pelos quais comprei ele foi o fato da bateria ser de longa duração! Clique na imagem abaixo ou nesse link e você será redirecionado para a loja =) depois me diga o que achou, combinado?