Marcelo Kazequer

Marcelo Kazequer

Ataque ao Pico Paraná: Nunca Desista dos Seus Sonhos

Hoje acordei e resolvi fazer algo diferente por aqui: relatar a minha experiência em uma aventura no Ataque ao Pico Paraná e a relação que isso pode ter com os sonhos que você possui em sua vida.

Então, sem mais delongas vamos começar.

Uma breve introdução ao Pico Paraná:

O Pico Paraná é a montanha mais alta do Sul do Brasil, e fica entre as cidades de Antonina e Campina Grande do Sul. Você pode começar a trilha a partir da Fazenda Pico Paraná ou Fazenda Rio das Pedras. Mais informações sobre o Pico Paraná:

  • Altura: 1.877m
  • Distância: 8 km
  • Nível de Dificuldade: Difícil
  • Tempo de Subida: 7 horas

Atenção: O tempo de subida é muito relativo!

Explico: se a sua intenção é acampar por lá, você vai subir com uma mochila mais pesada e isso vai lhe tomar mais tempo na caminhada. Por outro lado, se você vai fazer um ataque ao pico paraná (ir e voltar no mesmo dia) você leva menos tranqueira com você e adivinha só? Você consegue fazer isso mais rápido. Então, 7 horas é uma média, ok? Tudo depende do peso que você vai carregar e também do seu preparo físico.

Minha experiência no Ataque ao Pico Paraná:

Quando meu amigo Rodrigo Gomes me convidou para essa aventura, eu primeiro aceitei depois fui ver do que se tratava. Confesso que fiquei meio assim com alguns relatos de pessoas que chegaram lá e desistiram no meio do caminho, outras que levaram 12 horas para chegar até lá em cima. Ao mesmo tempo que estava animado com os preparativos para essa aventura, eu também estava com algumas dúvidas, tais como:

Será que eu consigo subir esse negócio? 

A pior merda na vida é quando duvidamos do nosso próprio potencial. Pura autossabotagem. Só tem um jeito da gente saber se conseguimos as coisas na vida, e isso é indo atrás delas. Se for pra falhar, que seja no meio do caminho, mas não antes da partida.

Como foi o ataque ao pico paraná:

Meu Brother Rodrigo fazendo Pose hahaha

Nossa intenção era começar a trilha às 6h. Porém, nos perdemos ainda na BR porque perdemos a nossa saída para a Estrada de Terra que nos levaria até a Fazenda Pico Paraná. Tivemos que fazer mais dois retornos e quando voltamos adivinha só? Perdemos a entrada novamente, mas dessa vez é porque não conseguimos ver saída nenhuma pra onde o GPS estava nos indicando… Demos mais uma baita volta novamente e então dessa vez resolvemos pegar uma saída antes, e aí deu tudo certo. Lição aprendida: Pesquise a rota antes de ir!

Começamos a trilha de fato às 6h40 e logo no começo, já pegamos um caminho errado, mas isso porque não prestamos atenção nas placas. Perdemos mais uns 15 minutos talvez nesse erro e que bom se ele fosse o único, pois no meio da trilha nos perdemos novamente. Dessa vez foi um pouco mais tenso, porque percebemos que estávamos em um caminho que não era o correto, voltamos, tentamos uma segunda opção que se mostrou errada também em seguida e então tivemos que voltar mais um pouco ainda até que então nos encontramos novamente. Esse segundo erro nos custou uns 40 minutos talvez. Novamente, pesquise a rota antes de ir! 

Até onde me falaram, existem aplicativos (tal como wikiloc) nos quais você pode baixar a rota do Pico Paraná e então usar seu celular como um aparelho de navegação, o que vai reduzir suas chances de erro no meio da trilha bem como tempo perdido. Porém, quem disse que eu escutei esse conselho?

Às vezes a gente precisa quebrar a cara para aprender mesmo, mas no meio da trilha nem sinal eu tinha pra baixar esse negócio.

Ficar perdido não é bom…

É foda ficar perdido no meio da trilha. Ainda mais em nosso caso, pois a trilha era longa, já começamos atrasados e não era a primeira vez que estávamos nos perdendo no caminho. Nossa intenção era terminar a trilha ainda na luz do dia, então desde o começo do rolé a gente já sabia que basicamente estávamos em uma “corrida contra o relógio”.  A segunda vez que nos perdemos, foi a parte mais tensa do rolé, pelo menos pra mim.

Pela segunda vez perdido na trilha…

OBS: Se gravei essa atividade no Strava, se quiser conferir o mapa clique aqui no entanto, lembre-se que o mapa não é o território e existe uma diferença entre saber o caminho e conhecer o caminho.

Superando desafios!

A parte mais tensa do rolé pro meu amigo Rodrigo, talvez foi quando tivemos que escalar uns paredões. O lance da altura estava pegando pra ele no começo, eu conseguia sentir a tensão dele com relação às subidas, mas todos nós vamos superar alguma coisa no meio da trilha e isso é muito legal. Superar nossos desafios e deixar nossos medos para trás!

Paciência Iracema, Paciência…

Outra coisa que o Ataque ao Pico Paraná me ensinou é ter paciência com as coisas. Por várias vezes no meio da trilha eu tinha a sensação de que andava, andava e não chegava nunca no pico. Parece que quanto mais perto, mais demorado vai ficando. Mas isso é sobre a nossa ansiedade em chegar logo no destino, então precisamos aproveitar a paisagem que a jornada nos oferece no meio do caminho e ficar “de boa”.

O caminho é lazarento…

Não se iluda com várias fotos lindas do pico paraná por aí. Boa parte do caminho é dentro da mata fechada, tendo que trepar em pedras e raízes de árvores que às muitas vezes acabam tornando a caminhada mais lenta e aumentando o grau de dificuldade da trilha. Isso pouca gente mostra, eu mesmo nem tirei muitas fotos dessa parte da trilha porque estava mais preocupado em usar minhas mãos para me equilibrar no caminho do que para segurar um celular e ainda espatifar a tela dele em algum pedregulho. Certos objetivos nas nossas vidas também nos enfiam em caminhos lazarentos, mas faz parte da jornada. Se não fosse o lamaçal dentro do caminho em meio à mata fechada, talvez não aproveitaríamos com tanta alegria o céu azul em cima do morro com uma paisagem aberta.

Será que vou morrer nessa merda?

Outra coisa que pensei quando estava prestes a chegar no pico foi mais ou menos isso mesmo.

Meu amigo Rodrigo optou por ficar descansando um pouco antes de chegarmos no pico, então eu resolvi ir sozinho até lá, já que faltava talvez uma meia hora de caminhada até lá.

Você está chegando quase no topo da montanha, os caminhos vão ficando mais estreitos e a chance pra erro também diminui. Tem uma parte que existe um vão entre as pedras e chegar no pico beirando a lateral da montanha é algo que por tabela te obriga a olhar pra baixo e você só consegue pensar uma coisa: Será que vou morrer nessa merda? As nuvens subindo igual fumaça do seu lado só deixam o cenário mais surreal. É uma experiência muito doida!

Cheguei no topo do Pico Paraná, e agora?

tem um caderninho dentro da caixa

Por volta de 12h30 cheguei no topo do Pico Paraná. É verdade que o tempo já estava virando quando cheguei por lá, mas mesmo achei o máximo quando tive a oportunidade escrever uma mensagem no caderninho que fica dentro dessa caixa presa na pedra. Fiquei imaginando quantas pessoas já devem ter passado por ali e escrito alguma coisa também. Há boatos que se a pessoa diz que foi no Pico Paraná e não tiver uma foto com essa caixinha, ela não foi de fato até o pico. Eu preferi voltar com a prova, né? Risos.

E pra voltar?

Parte do que escrevi no caderninho foi exatamente sobre isso:

se fudemos pra chegar até aqui e ainda temos que voltar…

Qualquer um que proponha a fazer um ataque ao pico paraná, tem que se preocupar com a volta. Não necessariamente por conta do caminho em si, mas principalmente com o seu psicológico. Você já caminhou umas 6 horas pelo menos e ainda está apenas na metade da sua aventura. O cansaço começa a bater (se é que já não bateu antes) e na volta você precisa cuidar mais do seu psicológico mesmo. É aquele diálogo interno com você mesmo. Tenha certeza de levar lanche de sobra se precisar, pois isso na volta vale ouro. Na prática você sente que começa a ficar mais mole seja por conta da falta de açúcar ou sal no sangue, então come um lanchinho e aquilo parece que te dá um gás extra para continuar caminhando!

Quanto tempo levou o Ataque ao Pico Paraná

12 horas. Esse foi o tempo que levamos tendo em consideração que se perdemos duas vezes. Algumas pessoas podem fazer em 10, outras 14.

A principal dica para quem deseja realizar o ataque ao pico paraná é: Comece cedo! Teve uns caras que encontramos no meio do caminho, que começaram a trilha às 4 horas da manhã! Porém, vale levar em consideração se você quer começar a trilha ainda no escuro também. Se for o caso, certifique-se de levar lanternas de cabeça e ter a trilha baixada no seu celular.

OK legal, mas e o que isso tem a ver com os sonhos da minha vida?

Então, lembra no começo da aventura quando eu disse que fique com dúvidas se conseguia de fato subir esse negócio? Então, é a mesma coisa com nossos sonhos. Quanto maior o sonho, maior será o desafio e obviamente pensamentos que não somos capazes podem surgir em nossa mente.

Lembre-se: Isso é autossabotagem. Existe também o problema de quando você compartilha seus sonhos com outras pessoas, elas podem dizer que aquilo é loucura, e que talvez aquilo seja impossível, mas só tem um jeito de você descobrir e é tendo sua própria experiência.

Lembre-se: Se for pra falhar, que seja no meio do caminho, mas não antes da partida. A gente só descobre como as coisas vão ser quando a gente se permite ter certas experiências.

Confira o vídeo no YouTube do Ataque ao Pico Paraná, onde reforço essa mensagem:

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Marcelo Kazequer

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2 comentários em “Ataque ao Pico Paraná: Nunca Desista dos Seus Sonhos”

    1. Marcelo Kazequer

      Eu que agradeço pela sua presença aqui Douglas. Desculpe a demora para responder você, é que o sistema não me notificou do seu comentário…

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